Demorou, mas veio. Pela primeira vez na história, um filme brasileiro ergueu a estatueta dourada de Melhor Filme Internacional. "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles, não apenas venceu a categoria como entrou para a história do cinema nacional.
O feito não foi pequeno. A concorrência era forte, com títulos como "Emilia Pérez", o favorito francês que viu suas chances minguarem em meio a polêmicas. O Brasil, que já havia tentado outras quatro vezes com "O Pagador de Promessas", "O Quatrilho", "O Que é Isso, Companheiro?" e "Central do Brasil", enfim teve seu nome gravado na Academia.
E não poderia ter sido com um filme mais simbólico. "Ainda Estou Aqui" homenageia Eunice Paiva, mulher que enfrentou perdas irreparáveis na ditadura militar e decidiu seguir lutando. A dedicatória de Salles, citando Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, reforça a força das mulheres na construção dessa história. "Esse filme vai para uma mulher que, após uma perda enorme por um regime autoritário, decidiu não se render", disse o cineasta ao receber o prêmio.
A aclamação foi global. Com um Metascore de 85/100, a crítica internacional reconheceu a grandiosidade da obra. O Guardian e o New York Times destacaram o filme, apontando seu impacto e o peso de uma memória ainda viva para muitos brasileiros.
O Oscar chegou ao Brasil não apenas como um troféu, mas como um marco de reconhecimento. Um lembrete de que, sim, o cinema brasileiro ainda está aqui — e sempre esteve.
Leia a matéria completa no nosso site!
Fontes: BBC e CBN