O mercado financeiro brasileiro opera com cautela nesta quarta-feira (12), em meio a turbulências globais e dados econômicos mistos. A imposição de tarifas por Donald Trump sobre o aço e alumínio reacendeu temores de uma guerra comercial global, enquanto investidores digerem dados de inflação do Brasil e dos Estados Unidos.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tem oscilado, demonstrando dificuldades em manter trajetória de alta. A instabilidade reflete a incerteza do mercado em relação aos próximos passos da política monetária e fiscal, tanto no Brasil quanto nos EUA.
O dólar comercial, por sua vez, iniciou o dia em alta, refletindo a aversão ao risco e a busca por proteção em meio ao cenário incerto. A moeda americana chegou a renovar máximas, testando a resistência de R$ 5,83.
O IPCA de fevereiro, divulgado hoje, apresentou uma alta de 1,31%, superando as expectativas do mercado e pressionando ainda mais a inflação anual, que ultrapassou os 5%. O resultado reforça a pressão sobre o Banco Central para manter a política monetária restritiva.
Nos Estados Unidos, os dados de inflação ao consumidor (CPI) vieram abaixo do esperado, trazendo algum alívio ao mercado. No entanto, a incerteza em relação às tarifas de Trump e seus impactos na inflação global mantêm os investidores em compasso de espera.
O governo brasileiro já se manifestou sobre as tarifas impostas pelos EUA, lamentando a medida e afirmando que avaliará possíveis ações, inclusive junto à OMC. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o Brasil não deve retaliar de imediato, mas que o assunto será analisado com calma.
Enquanto isso, o presidente Lula participa do lançamento do programa 'Crédito do Trabalhador', em Brasília, uma iniciativa que visa facilitar o acesso ao crédito para trabalhadores do setor privado.
"Não podem decidir pagar ou não imposto de renda", disse o ministro da Fazenda, Haddad, sobre a reforma do IR.
"Eu não quero ser um Trump, não quero ser um Milei, estou sereno, para quê vou fazer bravata?" - Lula
O mercado segue atento aos próximos desdobramentos da política comercial de Donald Trump e aos indicadores econômicos que serão divulgados nos próximos dias. A volatilidade deve persistir, exigindo cautela e atenção por parte dos investidores.
*Reportagem produzida com auxílio de IA